sexta-feira, 26 de julho de 2013

A natureza do Gato




Robertson Davies, escritor canadiano.
28 de agosto de 1913 – 2 de Dezembro de 1995
 
    O gato tem uma natureza luxuriosa, boémia e nada puritana. Come seis refeições por dia, joga furiosamente com um rato de brinquedo e um pedaço de corda e, de repente, cai num sono profundo, onde quer que caiba. Nunca sente a necessidade de fazer alguma coisa para justificar sua existência, não quer ser um bom cidadão, nunca ouviu falar de Serviço. Sabe que é bonito e agradável, e considera isso uma contribuição suficiente para o bem geral. E em troca da sua beleza e charme espera carne, peixe e legumes, uma cama confortável, uma cadeira perto da grelha do forno, e carícias sem fim.

 
Em The Diary of Samuel Marchbanks de Robertson Davies. Tradução do Gatogartolas, do original:


"The kitten has a luxurious, Bohemian, unpuritanical nature. It eats six meals a day, plays furiously with a toy mouse and a piece of rope, and suddenly falls into a deep sleep whenever the fit takes it. It never feels the necessity to do anything to justify its existence; it does not want to be a Good Citizen; it has never heard of Service. It knows that it is beautiful and delightful, and it considers that a sufficient contribution to the general good. And in return for its beauty and charm it expects fish, meat, and vegetables, a comfortable bed, a chair by the grate fire, and endless petting."

Texto original e imagem recolhidos da Wikipedia.






sábado, 22 de junho de 2013

Língua de Gato


     Coisas, que eu, modesto Gato, entendo relevantes levar ao conhecimento de vocês, Humanos, sobretudo àqueles que nos devem atenções e deferências (nomeadamente  e sobretudo a comidinha do costume)


© ogatogartolas
Deste convívio connosco, vocês, os principais beneficiários da nossa agradável companhia e simpática presença, deviam aprender mais com os gatos.

Não, não é a andar no escuro. Mantenham-se assim, até porque queremos dominar todos os cantos da casa e arredores a qualquer hora da noite.

O que aqui me traz é a água e o muito que me incomoda o uso que fazem dela para me chatear quando faço qualquer coisita fora do sítio. Como um castigo!

Acreditem que as manhãs me deixam estarrecido. Toda esta gente se mete em água e nela chafurda. Ao que parece é para se lavarem.


Não entendo porque não usam a língua, como nós gatos. Se calhar até ficavam a cheirar melhor. Para além daquelas conversas intermináveis intriga-me o pouco uso que os Humanos fazem da língua…

Felina Condição


Antes de mais, façam-me o obséquio de se deslumbrarem com a minha felina condição.

© ogatogartolas

domingo, 9 de junho de 2013

O Gato do Deserto



Felis Margarita é o gato do deserto, ou da Areia. Tem um ar diferente e verdadeiramente exótico. Em Margarita

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Cafra


Deu entrada um gato muito especial no separador Silvestris. Da subespécie, Cafra, originária da África Subsariana.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

O gato que também é de Angola


Boas vindas ao Gato Bravo de Patas Negras, Felis Nigripes.

Adicionei este Gato ao blogue oriundo do sul de África (Angola, Botswana, Namíbia e África do Sul).

É um gato espantoso. Dê uma olhadela em Nigripes.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Felis Bieti


Na página F.S. Catus, dedicada às várias espécies de gatos, foi acrescentado o Felis Bieti, Gato Chinês das Montanhas.

terça-feira, 5 de março de 2013

Oração dos Gatos



Original em inglês de autor desconhecido. Tradução de o gatogartolas.blogspot.pt


Now I lay me down to sleep,
I pray this cushy life to keep.
I pray for toys that look like mice,
And sofa cushions, soft and nice.
I pray for gourmet kitty snacks,
And someone nice to scratch my back,
For windowsills all warm and bright,
For shadows to explore at night.
I pray I'll always stay real cool
And keep the secret feline rule
To NEVER tell a human that
The world is really ruled by CATS!

sexta-feira, 1 de março de 2013

Dom Bonifacio de Calatrava, mais tarde Reverendo


“…Este pesado e enorme angorá, branco com malhas louras, era agora (…) o fiel companheiro de Affonso. Tinha nascido em Santa Olavia, e recebera então o nome de Bonifacio: depois, ao chegar á edade do amor e da caça fora-lhe dado o appellido mais cavalheiresco de D. Bonifacio de Calatrava: agora, dorminhoco e obeso, entrara definitivamente no remanso das dignidades ecclesiasticas, e era o Reverendo Bonifacio...”
(..)
“O reverendo Bonifacio, que desde que se tornara dignatario da Egreja comia com os senhores, lá estava já, magestosamente sentado sobre a alvura nevada da toalha, á sombra de algum grande ramo. Era alli, no aroma das rosas, que o veneravel gato gostava de lamber, com o seu vagar estupido, as sopas de leite servidas n'um covilhete de Strasburgo, depois agachava-se, traçava por diante do peito a fofa pluma da sua cauda, e, de olhos cerrados, os bigodes tesos, todo elle uma bola entufada de pello branco malhado de
ouro, gosava de leve uma sesta macia.
(..)
“Carlos, (…) contou o fim do reverendo Bonifacio. Morrera em Santa Olavia, resignado, e tão obeso que se não movia. E o Villaça, com uma idéa poetica, a unica da sua vida de procurador, mandára-lhe fazer um mausoléo, uma simples pedra de marmore branco, sob uma roseira, debaixo das janellas do quarto do avô.

in “Os Maias”, Eça de Queiroz


Recolhido em edição electrónica de www.dominiopublico.gov.br

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Complicou-se !!


O meu amigo (amigo virgula!) está agora em grandes festanças uma vez que acabou
de conhecer a parentela, que mora pelas bandas do Ribatejo. O magnifico Arquimedes, cinzento, e a Bete, dengosíssima gatinha de negro.








segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Há qualquer coisa no ar ...


Há qualquer coisa no ar. Melhor, lá em baixo, num pequeno terraço de cimento. Portanto, há qualquer coisa no cimento. Tal coisa tem chamado a atenção do nosso Gartolas. Se ajudar a manter o meliante afastado do meu cadeirão, tudo bem. Procedi a uma investigação e eis o que consegui para já. Alguém tá louco para saber o nome da piquena!














sábado, 23 de fevereiro de 2013

Porta Aberta, Gato na Rua


P:Quando é mais provável que um gato corra para fora de casa?
R: Quando a porta está aberta.

    Esta é uma questão pertinente. Após horas de longa meditação compreendi finalmente a razão porque a Dona (e a Mãe da Dona) do Gato estão sempre atentas às minhas chegadas e saídas do apartamento.
    Até há pouco imaginava, naturalmente enlevado, que era pelo amor e carinho que nutrem por mim, além das imensas saudades que sentem (ou por ter estado fora para ir comprar cigarros, ou porque já vou sair para ir comprar tabaco).
   Sou alto, por isso a minha cabeça está longe do chão. Dizem-me as pessoas mais próximas, com uma sinceridade de que desconfio, que tenho um pouco o nariz subido, ou elevado, … ah, já sei, empinado. Deve ser por isso que muito do que circula abaixo de certa altitude não existe, ponto. Isto inclui obviamente um certo tratante (zinho, concedo com esforço!!) que anda por aí.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Gatos e Canários




O que se obtém quando se cruza um gato esfomeado com um canário?
Um gato que já não está esfomeado.
 
 
Este meu cérebro privilegiado produziu tamanha sapiência após um momento de paz e sossego com o meu amigo canário.
Um canário verdadeiro, que vive na varanda lá de casa e é amarelo e tudo! Além do mais, comporta-se de acordo com os meus ditames: permanece na gaiola e não dorme no meu cadeirão, não morde as pantufas, não .... Pois é, fui fumar um cigarrito nas imediações deste amigo e eis senão quando do outro lado da janela estava o tratante do Gartolas. O artista lançava as patas ao vidro... como quem chama por mim.
Estava certamente encantado com os cafunés que eu fazia à pequena cabeça do passarinho, com os toques no bico, com os trinados, com o abrir de asas a mostar o peito cantador, largo e carnudo. Carnudo?
Opá. Entendi (esperteza minha, sem par). O artista olhava para o canário com o mesmo ar de antecipação da felicidade que eu tenho na presença de, digamos assim, um leitão assado!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Piorou



Logo na hora da minha sesta. Gato safado! Mandei-o basar, como é óbvio. 

.

Levantou as bigodaças e pareceu disposto a acatar as minhas determinações. 

Pareceu ...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Melhorou


  Hoje suspeitei, com grande satisfação, que o animal já me entendia. Como devem saber , uma das coisas que é mais frequente no nosso relacionamento com os ditos é dizer sai daí.

  É público que poucas vezes me digno falar com o Gartolas. Elas, a Dona e a Mãe da Dona do gato é que têm essa e outras incumbências.

  Mas por vezes sou obrigado a comunicar. Logo, o meu sai daí tem outro tom, outra entoação, é tempestuoso e imperativo: digo “BASA DAÍ”. E é assim que o informo ser meu desejo que abandone o meu cadeirão – a cadeira do Senhor, de madeira, braços longos, costas altas, reclinável, confortável e enfim, guarnecida com a respetiva cobertura almofadada.

  Claro que nunca obedeceu, o que resulta num delicado “chega para lá”. Até hoje! O dom gartolas obedeceu. Está provado que “basa”, não sendo português, se calhar é gatês.

O que há de novo, Gatinha?

 

Que há de novo gatinha? Woah, Woah
Que há de novo gatinha? Woah, Woah
Gatinha, gatinha
Eu tenho flores
E muito tempo
Para passar contigo
Vai e põe pó de arroz no teu fofinho nariz de gatinha
Gatinha, gatinha
Amo-te
Sim, amo
A ti e ao teu nariz de gatinha

Que há de novo gatinha? Woah, Woah
Que há de novo gatinha? Woah, Woah
Gatinha, gatinha,
Tu és tão excitante
E eu cheio de vontade
Para tratar de ti
Vai e arranja os teus bonitos olhos de gatinha
Gatinha, gatinha
Amo-te
Sim, amo
A ti e aos teus olhos de gatinha

Que há de novo gatinha? Woah, Woah
Que há de novo gatinha? Woah, Woah
Gatinha, gatinha,
Tu és deliciosa
E se os meus desejos
Se puderem todos tornar realidade
Em breve beijarei teus docinhos lábios de gatinha
Gatinha, gatinha
Amo-te
Sim, amo
A ti a aos teus lábios de gatinha!
A ti e aos teus olhos da gatinha!


Tradução minha
Canção escrita por  Burt Bacharach (musica) e Hal David (letra) para o filme com o mesmo nome, tornou-se famosa pela interpretação de Tom Jones. Recebeu uma indicação para o Óscar por melhor canção original.




quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Afinal de onde vêm?


Apesar de dispensar ao Gartolas toda a minha indiferença, não resisti a olhar com atenção para o artista quando um destes dias bocejava. Fiquei impressionado. A amplitude da abertura das mandibulas, os dentes... Se tivesse ele o dobro do tamanho eu estava frito. Fui estudar a questão.

Basicamente a família dos felideos é composta pelos felinos - gatos, leopardos e linces, pelos panterinos - leões, tigres, e panteras e Machairodontinae – tigre dentes de sabre

Muitas das fontes que consultei dão a África como local de origem dos gatos, mas ao que parece foi na Ásia que se deu a origem e a definição da espécie.

Por outro lado foi determinante para o seu desenvolvimento e domesticação a migração de algumas subespécies para a Península Arábica e Norte de África, isto é, o Crescente Fértil, local que também se designa como berço da civilização.

Aqui, na página Origens, detalhamos a questão.